Pode existir uma dor dentro da dor? Hoje para mim é assim que estou vivendo o meu dia, um dia de luto… Uma interposição de tristezas… O conheci muito antes dela, fazia universidade, morava na praia, parecia ser feliz, diferente dos irmãos, acredito que naquela época não pensava em seguir uma carreira agrária. Anos depois o namoro dos dois reuniria duas pessoas de quem eu gostava muito, então fiquei feliz… Na minha cabeça passa um vendaval de lembranças que me atordoam e atormentam, porque tento inesgotavelmente entender, afogar sentimentos e tentar esquecer que nutri um sentimento de irmã, porque me machuca, dói em dobro. Luto por ela, não aceito o presente sem futuro. Quando eles estiveram em Brasília, alguma coisa já não estava bem, ouvi um comentário que tinha vontade de descontar em casa o que o irritava fora. Foi ladeira abaixo… Nem a família o entendia. Foi afastado, exilado, mas buscou isso. Restou para ela reconstruir a sua vida. Foi o que fez! Mas sempre o pesadelo a rondava, por mais feliz que estivesse havia uma sombra, a nuvem nunca se afastou. Penso nas duas famílias, que são minhas também, choro por elas. Não sei muito bem quando tudo isso mudou, mas bem sei o quanto essa mudança foi caótica. São duas famílias destruídas, são vidas marcadas pela tragédia. Pensar que hoje o confronto se instala definitivamente num tribunal. Tristes famílias que já foram unidas por um bom sentimento, divididas por uma tragédia – magoa, fere. Uma está mais do que ferida, está aniquilada. A sombra da morte se instalou, a filha teve que deixar de ser feliz, desapareceu e nunca mais se ouviu falar dela…
Também choramos por vcs!! Nossa solidariedade e carinho!! sinto a dor profunda neste texto! O sofrimento!! Fiquem com Deus!
Estamos com você sempre! Muitas orações! Abraço grande!
Terrível como a vida pode nos pregar peças transformando o que um dia foi felicidade em uma sombra que persegue e espera por apenas um minuto de descuido. Coragem Adriana, abraços.