De uma forma ou outra os meus pensamentos diariamente recaem sobre ti. Hoje isso está agudo, já me ocupei de várias formas, não consegui dormir, então vim conversar, penso em tudo, a tua brilhante carreira, a casa abandonada, a nossa amizade, a tristeza de cada um e de todos, mas a falta é o que mais atormenta, ela simplesmente invade e se instala. Aí percorro os anos que convivemos, nossas conversas e os planos que nunca se concretizarão. Bate um aperto no peito tão grande, acho que já escrevi isso repetidas vezes de formas diferentes, é sempre assim minha amiga, como eu sinto a tua falta As orações continuam minhas companheiras, um paliativo que busco para apaziguar o coração e me trazer algum abrandamento ao peito. Confesso que não sei como o autor do teu desaparecimento consegue ter paz. Espero ter um tempo em que teremos resposta, mas agora essa falta tem o sabor da desesperança. Minha amiga sei que não nos veremos mais, mas te trago sempre aqui no meu peito. Me pergunto se a crença que tinhas nos trará uma resposta. Desculpa por tantos pensamentos atropelados, eles coexistem assim em mim. Há dias de sofrimento, outros de saudades, muitos de recordações. Assim a vida nos tem levado, sem que estejas conosco.
Para Cláudia 