Mais uma madrugada …

Tenho um amigo que fala que somos o resultado dos nossos encontros. Acredito plenamente nisso. Meus encontros tem sido ricos, talvez porque tente não colocar barreiras em minha vida, apenas viver e deixar viver. Acabei criando este blog por ter vários amigos que compartilham suas idéias online. Então, porque não falar sobre as minhas?

Senti falta de escrever esses dias, escrever recarrega, reestrutura, mas corri demais, muitos compromissos de trabalho e acabei apenas fazendo umas poesias, escrevo o que ocorre no momento, como se diz “o que dá na telha”. Mas na última semana um motivo especial me afastou: a gripe.

Estive doente nos últimos dias, suspeita de gripe suína, fui a dois hospitais. No primeiro fiquei internada e senti o pavor das pessoas que vieram me atender. Hospital particular a que me dirigi na madrugada por me sentir absurdamente mal e com dificuldades para respirar. Colocaram máscaras em mim e nos atendentes, fui medicada, passei a noite em uma maca delirando, tomando soro com diversos medicamentos. As pessoas eram atenciosas, mas podia sentir o quanto minha presença era indesejada. Pela manhã o médico voltou, perguntou como me sentia (mal claro!) e me comunicou que faria um relatório sobre a minha situação (suspeita de gripe A) e que me deu guarida pela fragilidade com que cheguei no hospital, pois na realidade deveria ter me dirigido ao Hran (ahh claro, sempre soube disso!), hospital público de Brasília capacitado em atender pessoas com suspeita de H1N1. Assim que fiquei melhor me deram o tal relatório, tiraram o soro e me mandaram embora para o Hran, então lá fui eu. Sim, com febre, passando mal e dirigindo para um novo hospital.

No Hran, fui atendida por uma enfermeira extremamente informada, que me esclareceu tudo o que precisava, inclusive que haveriam muitas pessoas, como eu, infectadas dali para frente e que seriam tratados nos hospitais somente casos de risco. Pediu que lavasse muito as mãos, não compartilhasse talheres, copos, pratos etc., que ficasse em casa descansando, tomando remédio para febre. Fui atendida sem medo, sem frescura, o que me deixou muito calma. Caso estivesse com H1N1, seria uma forma branda (nem quero imaginar a média ou forte).

Ao chegar em casa apaguei por dois dias (segundo minha filha um pato tomou conta da minha garganta e ele falava por mim, o problema é que ninguém entendia o que ele dizia). Escrevo isso 7 dias depois e o primeiro em que me sinto bem.

Pessoal a gripe está aí, mas fiquem calmos, enquanto ela se espalha nosso corpo também vai adquirindo defesas. Sim, em minha casa estão todos bem! Agora entendem o porquê não ter dado continuidade aos grandes encontros de nossas vidas? Hehehe, bom rir novamente!